Dimantina é uma pequena cidade mineira que já nas vias de paralelepípedo e pedra, revela sua importância histórica. Localizado a cerca de 300 quilômetros de Belo Horizonte e detentor do título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, o pequeno recanto mineiro esbanja um charme bucólico perfeito para temporadas de lazer relaxantes e tem excelentes opções gastronômicas, como não poderia deixar de ser em Minas Gerais.
Construído no início do século 18, em região de muita extração de diamantes, o município recebe em torno de 3 milhões de turistas todos os anos e também revela belezas naturais de tirar o fôlego a curta distância do centro histórico, ou seja, não será nada difícil sair dos museus e restaurantes para tomar um banho de cachoeira e depois voltar.
Confira 12 opções de lugares para você visitar em uma das mais belas cidades históricas do Brasil. Imperdível!
1. Rua da Quitanda
São as ruas contornadas por casas centenárias,em que muitas das quais funcionam restaurantes, bares, bodegas, agências bancárias e hotéis, que a maioria dos visitantes tem o hábito de passear por diferentes momentos do dia. A rua da Quitanda, em Diamantina, é essa via agradável que vive movimentada de moradores locais e turistas.
A rua também recebe alguns eventos anualmente, como por exemplo, o Concerto da Vesperata, quando músicos muito bem trajados tocam músicas das varandas das casas para o público que assiste nas ruas. O evento, na maioria das vezes, acontece de Março a Outubro em dois sábados de cada mês.
2. Passadiço
O passadiço, ou Casa da Glória, talvez seja a construção mais representativa de Diamantina e, ainda que não exista precisão histórica, a estimativa é de que foi erguida entre 1755 e 1800. O prédio de curioso aspecto já teve diferentes serventias: pertenceu à igreja e foi morada de bispos, funcionou como educandário feminino e orfanato, um instituto alemão(Eschwege) e também já fez parte da Universidade Federal de Minas Gerais.
Hoje o local é sede do Instituto Casa da Glória ( ICG ) e oferece abrigo a estudantes para pesquisas de campo na área da geologia. As áreas fora dos alojamentos podem ser visitadas.
3. Restaurante o Garimpeiro
Mesmo que seja óbvio é justo conferir destaque às indicações gastronômicas quando há referência à qualquer cidade mineira. E é lógico que se você parar em diferentes bares e restaurantes de Diamantina será muito bem recebido e provará deliciosos pratos, mas o restaurante O Garimpeiro – situado na Pousada do Garimpo – é uma referência não apenas na cidade, mas em todo o Estado de Minas.
Certamente essa imagem acima terá mais serventia que palavras para convencê-lo à provar alguma das delícias, mas se quiser dicas, não deixe de saborear o Chico Angu( carne moída com quiabo picado) ou a famosa costelinha de porco com feijão carioca e couve. Ah, segue firme nas sobremesas, que você não irá se arrepender!
4. Casa de Juscelino
O ex presidente Juscelino Kubitschek consta como o morador mais famoso de Diamantina, e a ‘Casa de Juscelino'( onde ele morou com mãe após o falecimento do pai) hoje abriga um museu com objetos pessoais.
O espaço tem dois casarões e ha painéis que contam a historia de Juscelino, documentações, notas escolares, cômodas e armários que provavelmente foram construídos pelo bisavô, quadros, instrumentos musicais e até um bar com algumas fotos de Jk. Na área externa há um pé de jabuticaba em que, segundo relatos, ele gostava de brincar na infância.
5. Parque Estadual do Biribiri
Localizado a apenas 3 quilômetros da região central de Diamantina, o Parque Estadual do Biribiri foi criado em 1998 e é uma área composta por cerrado, matas de galeria e campos rupestres, onde podem ser encontrados exemplares diversificados e preservados da fauna e da flora.
O Parque tem lindas cachoeiras – como a Cachoeira dos Cristais e a Cachoeira da Sentinela – com formação de piscininhas ótimas para banhos e dispõe de espaços para trilha, e vestígios que datam da época da exploração de ouro e diamante na região.
6. Igreja São Francisco de Assis
Erguida no centro histórico de Diamantina em 1830( a construção teve início em 1766), a igreja barroca e com elementos rococó São Francisco de Assis é um dos marcos históricos da arquitetura de Minas. É recomendado subir até as torres dos sinos e contemplar a belíssima combinação de ouro e madeira do altar.
7. Mercado dos Tropeiros
O Mercado do Tropeiros também é conhecido como Mercado velho de Diamantina e nos tempos antigos era o ponto de comércio de escravos. Hoje felizmente o lugar sedia realizações de cunho positivo, como festividades no carnaval, feiras de fruta, artesanato e, é claro, há barraquinhas para o visitante saborear alguns petiscos mineiros, feijão tropeiro, pastéis, caldos e tomar aquela cervejinha gelada.
Se aos sábados pela manhã o local enche de famílias, os notívagos baladeiros podem apreciar as atrações musicais que hora ou outra acontecem por lá.
8. Gruta de Salitre
A gruta de Salitre, que chama a atenção do visitante por seu aspecto imponente, já foi cenário de produções televisivas( séries, filmes, novelas) e até ponto de realização de concerto. Formada de quartzo e situada a aproximadamente 9 quilômetros de núcleo urbano de Diamantina ( viu como as ‘atrações naturais’ são perto da cidade?), ela é dividida em espécie de grandes salas, cujas paredes são os cânions.
Turistas de todo o planeta visitam o local para apreciar e fotografar a vida silvestre e também com o objetivo de praticar esportes radicais como o rapel.
9. Capela Imperial de Nossa Senhora do Amparo
Olha só como a estreitinha rua do Amparo é charmosa, ainda mais porque ela é agraciada pela Catedral Imperial de Nossa Senhora do Amparo, uma igrejinha com fachadas adornadas por madeira, que foi inaugurada no século 19 e hoje sedia a Festa do Divino, muito conhecida em Diamantina.
10. Casa de Chica da Silva
Chica da Silva foi uma mulher que deixou de ser escrava após relacionar-se com um poderoso contratador de diamantes, e dessa forma, ganhou status e projeção social, que até o momento era inexistente para pessoas negras. A antiga casa de Chica foi inclusa na lista das Belas Artes brasileiras pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional em 1949, e possui algumas sacadas, um belíssimo jardim-pomar e uma exposição permanente do artista Marcel Ávila.
Detalhe: das sacadas do casarão é possível apreciar a Igreja Nossa Senhora do Carmo, construção que Chica financiou para que os escravos pudessem rezar.
11. Caminho dos Escravos
Esse talvez seja o melhor dos passeios para fazer em Diamantina para quem tem ímpetos aventureiros e disposição para longas caminhadas. O Caminho dos Escravos – muito conhecido também como Estrada Real – é um caminho de pedra por onde antigos tropeiros viajavam em razão de trabalhos com a exploração de minérios e diamantes. Hoje, 20 quilômetros desse percurso pode ser feito por uma trilha no sentido Diamantina – Medanha.
É importante ressaltar que não existem lugares que vendem alimentos no trajeto, então, o trilheiro deverá levar comidas e água na mochila, em quantidade suficiente para uma caminhada que pode durar até 7 horas. No mais, sinta o ar puro e contemple a paisagem mineira, sem pressa. É tudo muito bonito!
12. Museu do Diamante
Apesar do nome, o Museu do Diamante tem acervo diversificado, e é o lugar perfeito para o viajante compreender, por intermédio da apreciação de objetos, o progresso histórico da cidade de maneira completa.
Há replicas de diamantes, objetos usados no garimpo, pedras preciosas e também salas com esculturas de arte sacra, instrumentos utilizados para torturar os escravos, móveis, máquinas de escrever e muitos exemplares de uma cidade que exemplifica muito bem o que foi o Brasil no período colonial e na época do império.
Para você que gostou de Diamantina e quer mais ou então pretende fazer uma tour pelo maior estado do sudeste, o Viajali té dá uma mãozinha: dá uma olhada nessas cidades legais para conhecer em Minas Gerais e faça as malas para ontem!
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